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cirurgia robótica

Conheça abaixo os procedimentos feitos pela cirurgia robótica na urologia

PROSTATECTOMIA RADICAL ROBÓTICA OU ROBÔ-ASSISTIDA

Prostatectomia Radical Robótica ou Robô-Assistida

Dados do Instituto Nacional do Câncer no Brasil e nos EUA apontam que o câncer de próstata é tipo mais comum de câncer entre homens, excetuando-se os tumores de pele não melanomas, acometendo um em cada seis homens durante a vida. Alguns fatores de risco são reconhecidos: casos de câncer de próstata/mama/ovário e intestinos na família, ser da raça negra, a alimentação rica em gordura animal. Tendo o câncer de próstata tão grande relevância, e não sabendo como evitar a doença de forma efetiva, nos resta tentar fazer diagnóstico precoce. Com isso poderemos realizar tratamentos mais precoce e menos agressivos, com taxas de cura superiores a 90% nesta fase inicial da doença. Também quando no início, os tratamentos podem poupar as temidas complicações – impotência sexual e incontinência urinária.

Prostatectomia Radical Robótica ou Robô-Assistida

  • Imagem em alta definição com ampliação de até 20x e visualização em 3D
  • Maior detalhamento dos planos dos tecidos
  • Movimentos com filtração de tremor
  • Melhor ergonomia para o cirurgião (console cirúrgico)
  • Uso de pequenas incisões
  • Retorno mais rápido às atividades diárias
  • Menor tempo de hospitalização e chance de internação de UTI
  • Menor perda de sangue e menor taxa de transfusão
  • Redução da dor (a maioria dos pacientes não necessita de medicamento mais fortes como opioides para controle da dor após a alta)

NEFRECTOMIA PARCIAL E
RADICAL ROBÓTICAS

Os tumores malignos do rim são, na maioria das vezes, um achado em exames radiológicos realizados por outros propósitos ou em exames de rotina. Em alguns casos podem ocorrer hematúria (sangue na urina), dor lombar e emagrecimento.

Tradicionalmente, as cirurgias renais eram realizadas pela técnica cirúrgica aberta, que requerem uma grande incisão abdominal e lombar, muitas das vezes sendo necessária a remoção de um segmento da costela. Isso causava dores importantes no pós-operatório e um aspecto estético não satisfatório – havia uma espécie de hérnia no local da incisão causada pela secção de músculos e nervos da região.

Com o surgimento da laparoscopia alguns pontos foram melhorados. Mas, em especial na nefrectomia parcial, os desafios de mitigar o sangramento e o tempo de interrupção da circulação do rim continuaram enormes.

As nefrectomias são a segunda maior indicação de cirurgia robótica urológica, perdendo apenas para a prostatectomia radical. No caso dos tumores renais sempre temos a necessidade de definir pela realização de uma Nefrectomia radical ou de uma Nefrectomia Parcial. Sempre que possível devemos optar pela retirada parcial do rim. Serão avaliados critérios objetivos para essa definição: o tamanho do tumor, a posição da lesão na anatomia renal, a presença de mais de um tumor, a ocorrência simultânea de tumores em ambos os rins, a condição de saúde do paciente.

Sem dúvida nenhuma a nefrectomia parcial é uma cirurgia muito mais desafiadora que a remoção completa do rim. Isso ocorre porque para retirar uma parte do rim é preciso interromper a circulação sanguínea do rim enquanto se remove a lesão e se faz a costura da área operada. Caso o tempo de falta de sangue no rim seja grande, maior que 30 minutos, a função renal pode ser muito prejudicada. Assim, de nada adiantaria ter sido preservada parte do órgão. Com os recursos da plataforma robótica, em mãos experimentadas, é muito mais factível realizar o procedimento com segurança e rapidez quando comparamos com a técnica laparoscópica pura.

Mais uma vez, a Plataforma robótica mostra seu valor nas cirurgias mais desafiadoras, que colocam em risco a função dos órgãos e a própria vida do paciente

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA

A imensa maioria dos homens só lembram do urologista por causa do Câncer de Próstata. No entanto, o crescimento benigno da próstata é responsável por 80-85% das doenças da glândula, enquanto o câncer de próstata responde por 10-15% apenas. Após os 35 anos de idade todos os homens terão aumento benigno da próstata, também chamado de Hiperplasia Prostática Benigna – HPB.

Alguns não terão qualquer impacto pela HPB. Outros precisarão de medicamentos de uso contínuo, alguns causadores de efeitos indesejáveis na função sexual. Alguns necessitarão de procedimento cirúrgico. O procedimento mais conhecido e executado é a ressecção transuretral da próstata, chamada popularmente de raspagem da próstata. Nas próstatas maiores que 80 gramas, as raspagens são pouco efetivas, com necessidade de refazimento da cirurgia em poucos anos em grande número de casos. Para esses casos, a melhor alternativa é a Enucleação da próstata, ou seja, a remoção de todo o “miolo” da próstata – o adenoma prostático. Tradicionalmente feita pela técnica aberta, com seus inconvenientes – grande incisão abdominal, maior risco de infecção e sangramento, maior tempo de internação, maior dor pós cirúrgica, maior uso de analgésicos fortes para dor. Com a laparoscopia pura, as limitações do método como falta de articulação das pinças limitavam muito a execução ideal da cirurgia. Mais modernamente, temos executado exatamente o mesmo procedimento da via aberta pela técnica robótica e com vantagens. Pela técnica robótica conseguimos reconstruir 100% da uretra ao invés de 20% pela técnica aberta. Isso promove sangramento mínimo e possibilidade de alta hospitalar no dia seguinte ao da cirurgia. Importante salientar que para a remoção do adenoma prostático não temos risco de impotência sexual e incontinência urinária inerentes à prostatectomia radical. Na prostatectomia simples para HPB não manipulamos o feixe de vasos e nervos como na cirurgia radical para o câncer de próstata.

PIELOPLASTIA

Chamamos de Pieloplastia o procedimento cirúrgico para tratar o estreitamento da junção pieloureteral, também conhecida como Estenose de JUP. A maioria dos casos de estreitamento da junção pieloureteral são congênitos e diagnosticados na infância. Ocorre por falta de inervação no segmento inicial do ureter ou pela existência de uma artéria em posição anormal sobre o ureter. Entretanto, temos casos que são secundários a procedimentos cirúrgicos endoscópicos, cálculos urinários ou trauma.

A estenose de JUP pode levar à dilatação progressiva do rim e perda da função renal. Desta forma, a pieloplastia, procedimento cirúrgico que retira a parte estreita e refaz a junção do ureter com o rim, pode ser indicada para preservar a função renal. 

Tal procedimento era feito, no passado, por via aberta. Contudo, a maioria dos casos hoje em dia é feito por via minimamente invasiva, seja através de laparoscopia ou pela técnica Robótica. Os casos por robô tem menor tempo de cirurgia , menos tempo de internação e menor índice de infecção, sendo assim nossa primeira opção.

SUSPENSÃO DE BEXIGA

Muitas mulheres ao longo da vida terão alterações na sustentação da bexiga. Sejam por complicações no trabalho de parto, seja pelo envelhecimento ou por doenças que causam frouxidão dos ligamentos. Nos casos mais graves a perda da sustentação da bexiga é tamanha que ela começa a sair pela vagina. Nesses casos, não é possível fazer o chamado Sling, popularmente conhecido como “colocar uma tela para suspender a bexiga” ou suspensão de bexiga.
No entanto, o Sling não faz suspensão da bexiga. 

A colocação da tela de material sintético embaixo da uretra promove uma maior pressão na uretra. Quando temos a ocorrência da Cistocele, a queda verdadeira da bexiga, é preciso realizar uma suspenção da bexiga. Com a técnica robótica utilizamos uma tela apropriada em formato de Y para ancorar a bexiga à porção final da coluna – o sacro, na região chamada de promontório. É comum no mesmo procedimento realizarmos o Sling, mas só após a promontofixação.

LINFADENECTOMIA PÉLVICA/RETROPERITONIAL ROBÓTICA

O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais comum nos homens em todo o mundo (exceto tumores de pele não melanoma). Apesar dos avanços no tratamento com finalidade de cura (prostatectomia radical ou radioterapia) entre 30% e 50% dos pacientes apresentarão recorrência do câncer, detectado pelo aumento dos valores do PSA. 

Classicamente, o acometimento linfonodal (aglomerado de células de defesa) são locais primários da persistência do câncer. O desenvolvimento e o aumento da acessibilidade a novos exames de imagem (destacando-se o PET-PSMA) permite, atualmente, maior precisão na localização anatômica da recidiva da doença. Esse raciocínio também se aplica ao câncer de testiculo , de bexiga , de colo do útero, entre outros. Assim, a remoção cirúrgica desses focos de persistência do câncer podem ser feitos pela técnica Robótica, com todos os benefícios já relatados

REIMPLANTE URETERAL

O ureter é o canal que leva a urina produzida no rim para a bexiga. Naturalmente ele tem um mecanismo que impede o retorno da urina que já está na bexiga para o rim. Mas existem pacientes que nascem (mais comumente) ou adquirem o chamado refluxo vésico-ureteral. Para correção desse defeito é preciso recolocar o ureter em outra porção da bexiga, o que chamamos de reimplante ureteral. Traumas externos, passagem de cálculos renais e principalmente manipulações cirúrgicas pélvicas (pela ginecologia, urologia, cirurgia geral e Proctologia) podem lesionar o ureter acarretando estreitamentos no mesmo. Muitos desses casos necessitarão de um reimplante ureteral. Com o emprego da técnica robótica é muito mais fácil o procedimento. Em especial quando a região foi manipulada cirurgicamente, os recursos do robô promovem um procedimento mais preciso, delicado, seguro e rápido. Essas reintervenções cirúrgicas são um verdadeiro desafio nas técnicas aberta ou laparoscópica pura.

ADRENALECTOMIA

A glândula adrenal ou Suprarrenal está localizada logo acima do rim e produz alguns hormônios importantes para o bom funcionamento do nosso corpo. Tanto tumores benignos quanto os malignos podem acometer essa pequena glândula e o tratamento cirúrgico se impõe.

Um dos tumores mais comuns são os Feocromocitomas. Essas lesões produzem hormônios em grandes quantidades e causam importante aumento da pressão arterial. As técnicas minimamente invasivas são as mais recomendadas nessa abordagem Cirúrgica.

Com a utilização da plataforma Robótica DaVinci é possível fazer um procedimento mais rápido e seguro , com menos tempo de internação , menos sangramento, menos dor pós operatória e no caso dos tumores de Adrenal produtores de hormônios promover uma ligadura mais rápida da veia Adrenal e interromper a liberação de descargas hormonais que podem colocar a vida do paciente em risco.

CISTECTOMIA PARCIAL OU RADICAL

O câncer de bexiga é mais comum em fumantes ou ex fumantes. Na grande maioria das vezes o diagnóstico ocorre por sangramento na urina ou evidência de lesões em exames de imagem como ecografias, tomografias ou ressonâncias do abdome.

A maioria dos casos são tratados com ressecção das lesões via uretral. No entanto, algumas lesões podem ser mais agressivas ou acometerem toda a parede da bexiga. Esses casos requerem remoção parcial ou completa da bexiga. A cistectomia parcial, via de regra não é uma cirurgia de grande complexidade. De outro lado, a cistectomia radical é a maior e mais complexa cirurgia da urologia. Após a retirada da bexiga é necessário fazer ou uma espécie de colostomia urinária (chamada de Bricker) ou reconstruir a bexiga com um segmento de intestino. São várias cirurgias numa só.

Com o emprego da robótica é possível fazer a cirurgia totalmente intra abdominal, sem cortes e portanto sem exposição do peritônio ao ar ambiente. Essa não exposição previne inúmeros desajustes metabólicos que impactam na recuperação pós operatória. Além disso, menor tempo de jejum pré e pós operatório, menor tempo cirúrgico, menos sangramento, menos dor e menos uso de analgésicos potentes, menor necessidade de permanência em UTI, saída mais rápida do leito são fundamentais para prevenção de complicações per e pós operatórias que ocorrem em até 40% dos pacientes, muitas com capacidade de levar ao óbito. Essa é uma cirurgia que só deveria ser executada por equipes multidisciplinares com expertise no manejo destes casos.

CISTOS RENAIS GIGANTES

Os cistos renais são muito comuns ao  envelhecermos. Entre 30% e 50% das pessoas acima de 50 anos apresentam o problema. Essas formações são como bolhas cheias de líquido, semelhante a uma “bolha de queimadura na pele” que surgem por causa da obstrução de um dos milhares de ductos presentes no órgão. A maior parte dos cistos é periférica e, por isso, quase não causa sintomas.

Em geral são descobertos durante um check-up ou a partir da realização de exames de imagem abdominal para outra finalidade. As lesões localizadas no rim podem apresentar diversos tamanhos, tendo em média 5 cm, mas podendo variar de 1 cm a 20 cm. Quase todo mundo tem, e é possível conviver com ela sem maiores problemas. Na maioria das vezes, os cistos renais não têm repercussão clínica na saúde como um todo e raramente provocam dores, sangramento na urina ou pressão alta. Essas condições dependem da localização e tamanho do cisto.

É possível, por exemplo, comprimir a via urinária e dificultar o fluxo da urina, causando dor. Via de regra, os cistos renais simples > 10cm precisam ser removidos, seja por causar problemas locais como dor e compressão da via urinária, seja pelo risco de ruptura espontânea ou por trauma. Nos casos cirúrgicos, o procedimento pode ser realizado por videolaparoscopia assistida pelo robô, com seus conhecidos benefícios em relação a tempo cirúrgico menos, menos sangramento, alta mais precoce, etc.